FUNCIONAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROTEÇÃO, PROMOÇÃO E PREVENÇÃO A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.
Embora o enfrentamento à problemática da violência contra a mulher já tenha conquistado alguns avanços, a partir da atuação do movimento feminista, os índices de violência praticados contra as mulheres, têm aumentado de forma significativa a cada dia.
Isso acontece, devido às relações desiguais de gênero e ao sistema patriarcal vigentes em nossa sociedade, pois embora homens e mulheres nasçam iguais, a sociedade impõe papéis diferenciados para ambos os sexos, onde prevalece em todos os aspectos, a superioridade dos homens sobre as mulheres.
O fato desta violência ocorrer frequentemente no âmbito do espaço doméstico e
ser praticada por pessoas com as quais as vítimas mantêm relações afetivas não lhe retira o caráter político e, portanto, público, devendo ser enfrentada através de políticas públicas, bem como ser repudiada por todos(as) que lutam por uma cidadania plena que inclua a igualdade entre homens e mulheres.
Apesar dos índices alarmantes da violência contra as mulheres no Brasil, as políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher são muitas vezes ineficientes e/ou inexistentes, visto que existem poucos serviços disponíveis, bem como os(as) profissionais que prestam tais serviços não estão devidamente capacitados(as) e/ou sensibilizados(as) para atuarem junto a esta problemática.
Em nível local a realidade não é diferente. Mesmo com a existência de serviços especializados no atendimento a mulher vitima de violência, como a Delegacia, a Vara e Promotoria da Mulher, o Centro de Referencia e Atendimento a Mulher – CRAM, os Centro de Referência e Assistência Social – CRAS , o Centro de Referencia e Assistência Especializada da Assistência Social – CREAS, não se consiga reverter essa situação inaceitável de violência vivida pela maioria das mulheres de nossa cidade o que nos leva a crer na necessidade da mudança de gestão, de planejamento, execução e avaliação das ações implementadas por todos estes serviços, onde prevaleça a qualidade, eficácia, transparência e participação social.
NÃO É JUSTO DEPOIS DE TANTAS LUTAS DA SOCIEDADE CIVIL PARA QUE ESTES SERVIÇOS FOSSEM IMPLANTADOS NÃO PODER USUFRUIR DE RESULTADOS QUE TRANSFORME DE VERDADE A VIDA DAS MULHERES DE NOSSA CIDADE.
- Pela efetivação e funcionamento das politicas públicas de atenção à mulher em situação de violência de Imperatriz, em REDE.
Imperatriz, Ma, 25 de novembro de 2011 –
DIA LATINOAMERICANO DE LUTA PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
FORUM DE MULHERES DE IMPERATRIZ – MOVIMENTO DE MULHERES CAMPESINAS
